De acordo com com os Candomblés de Tradição Angola/Kongo de etnia Bantu aqui mo Brasil, festejamos neste mês de Agosto as Divindades Intrinsecamente ligadas ao elemento terra.
Cada uma destas divindades, possuem características próprias e distintas mas estão ligados pelo elemento terra, que os faz parecer parentes como em uma família.
Quando dizemos por exemplo que Zumba/Nanã é Mãe de; Kavungo/Omolu/Obaluayê,
Katendê/Ossanhe,
Angorô/Angormeia/Oxumarê,
Tempo/Iroko/Loko,
Zingalumbondo/Ewá.
Quando seguimos por esta linha de pesamento, podemos notar que, Zumba/Nanã é a energia do elemento terra que deu origem a tudo que Dela depende para ser e existir, como uma Matriarca que esta a frente de uma família.
Zumba/Nanã é a mais antiga divindade da terra, é matéria de origem e esta ligada ao segundo elemento que é a água, esta presente no encontro da terra com a água, seja doce ou salgada, esta nas lagoas, nos remansos dos rios e cachoeira, nas fontes onde a água brota do chão e da vida aos grandes cursos de água, nos mangues dos rios e mares, nos pântanos e lamaçais é Divindade ligada a vida e NÃO a morte. Tudo que nasce e brota da terra pertence a Ela, até mesmo nosso corpo matéria, porque Zumba/Nanã é a divindade que devemos respeito e reverencia, pois a Ela nosso corpo pertence e se o temos é porque Ela doou de seu próprio ventre/terra para que existíssemos, e quando nosso corpo morre Ela o recebe de volta em seu ventre/terra, talvez por isso é confundida com Iku que é a divindade que conhecemos como Morte.
Zumba/Nanã esta ligada a moradia/casa/lar/kumbata e é simbolizada pela nosso corpo moradia de Zambi, e também nossas próprias casas que são construídas com barro/tijolos e aos templos/igrejas. É governante dos lares, a grande Mãe que reúne a mesa, a família.
É também filtros de águas, os manguezais que filtram as águas, ou o barro a beira das águas, o próprio filtro de barro para filtrar água que temos em casa.
Zumba/Nanã é o grande útero/terra fecundado que faz brotar de seus seios o leite/água que mantem a vida sobre toda a terra.
Zumba/ Nanã é a matriarca da primeira civilização dos filhos da terra com o ar/água Lemba/Oxalufã. Digo primeira pois a civilização atual a matriarca é Kaiala/Yemanja e seus filhos nascidos da água com o ar/Kassuté/Oxaguiã.
Para quem associa histórias católicas com os Orixas e Mikisi, esta separação de civilizações esta ligada a história do diluvio bíblico.
O Inkise Tempo guarda em si a memoria de tudo que vive sobre a terra desde antes mesmo de nascermos, cada história que construirmos cada momento que vivemos, cada desfecho, é a memoria ancestral de cada um de nós e de cada linhagem de família, Tempo saberia contar cada segundo que vivemos, até de nossos antepassados.
É uma Divindade extremamente importante, pois sem a memória dos nossos antepassados que Ele guarda nem saberíamos quem somos e de quem viemos.
A sua bandeira branca hasteada em nossas casas de Santo simboliza que em nossas Casas seguimos a tradição ancestral, que o ancestral maior Nzambi é o caminho que buscamos, e quando a Ele retornarmos toda a nossa história de nascimento de vida e de morte estará na memória representada pelo Inkisi Tempo.
Em um determinado momento quando estamos fazendo rituais de limpeza/sakulupemba, que usamos o morim, tecido que pertence a Tempo, usamos aqui uma cantiga para isso.
" Singanga Zambi, singanga no tempo,
siganga Zambi, .................................. ".
Com esta cantiga, através de Tempo invocamos a memória de vida da pessoa na presença de Zambi, para que conheçamos que caminhos e atitudes a pessoa tomou para que ela, a pessoa chegasse até ao momento do ritual, por alguns infortúnios da vida, e para que através deste ritual possamos corrigir esses infortúnios e aliviar a pessoa de seus males. Mas sem a magia de Tempo não seria possível.
Katendê/Osanhe, é interessante falar sobre essa Divindade que é a Divindade das folhas, Pai da Botânica, protetor da fauna, o químico, dono da floresta, entre outros atributos.....mas o mais importante é enxergar a força desta Divindade além da folha e de tudo que as ervas possam nos proporcionar. Divindade que é O grande sábio, dono do encantamento o purificador, pois onde toca tudo se torna puro sagrado.
Esta divindade tem a força/nguzu/axé de despertar em cada folha o remédio ou o veneno através da força das palavras, Ele nos ensina a forma de usar cada palavra, pois não somente nas folhas despertamos algo, mas também nas relações humanas onde a forma de comunicação é a palavra.
Ele nos ensina que podemos usar a força da palavra pra dizermos tudo que queremos, mas nos ensina também que uma palavra mal falada pode destruir relações causar doenças psíquicas irreversíveis, destruir pessoas e até mesmo famílias inteiras, com a mesma força e intensidade a boa palavra pode construir boas relações unir famílias aliviar dores dos que estão psiquicamente doentes.
Katendê/Ossanhe pode curar doenças psíquicas vícios, por isso telvez esteja sempre ligado a Kaiala/Yemanja a dona da cabeça/Muntuê/Ori.
Katendê/Ossanhe é o pai do segredo daquilo que está oculto dentro de nós e que através da palavra se manifesta.
Ele é o sábio que prefere não falar, por isso costumamos dizer que, quem fala por ele é seu Pássaro Atiorô, que esta sempre com Ele, pois Ele mesmo diz que:
"se não podemos encantar o mundo com palavras é melhor calar".
Angorô/Angoromeia/Oxumarê associado a chuva ao arco-iris, o grande Pai das águas que matem o equilíbrio da vida com suas águas. É o equilíbrio em si, representado na cobra que enrolada na cabaça/terra mantem o equilíbrio do planeta. Esta associado a coluna vertebral que simbolicamente liga terra/céu, é a coluna de sustentação do mundo.
Angorô é inteiramente masculino representado na chuva que cai do céu na vertical, que quando toca a terra é inteiramente feminino/Angoromeia, água da chuva que limpa a terra o ar e escorre para os cursos de água limpando rios, cachoeiras, lagoas, formando lençóis de água ou grandes bolças de água no interior da terra.
Angorô/Oxumarê simbolicamente se transforma em uma grande serpente de água que penetra no interior da terra e expõe tudo que esta oculto. Dizem que Ele a cada sete anos revolve a terra, como se diz: " tudo que se faz sobre a terra não fica em segredo ", Ele traz tudo a tona. Talvez seja por isso que costumam dizer que seus filhos não guardam segredos.
É o transportador de água e ar, todos os animais de corpo alongado lhe pertence como a cobra, as plantas que se enroscam em outras também esta associado a Ele. Angoromeia é a cobra enrolada Angorô é a mesma cobra esticada.
O seu corpo colorido o arco-iris se forma onde ha calor umidade e luz, isso nos mostra o ciclo das águas que evaporam da terra e sobem ao céu para formar a chuva e retornar a terra. Angorô/Oxumarè esta representado no circulo formado por uma cobra que morde a própria calda e com isso no ensina o ciclo infinito das águas.
É o Inkisi/Orixá que representa a continuidade de culto passado de gerações a gerações.
É a cobra que troca de pele e nos faz renascer para um novo ciclo de vida.
Kavungo/kaviungo/Obaluayê/Omolu, divindade responsável por restituir ao grande útero/terra/Zumba toda a matéria que morre, talvez seja por isso que esta ligado ao cemitério onde enterramos nossos mortos.
Ele é a matéria individualizada, aquele que nos mantem em pé sobre a terra.
Ele é a matéria de origem que saiu do útero de Zumba/Nanã. Uma das quatro cabaças que faz parte da cabaça da existência lhe pertence ou a cabaça que contem a lama/terra.
Para quem não esta inteirado nesse assunto, a constituição do mundo físico esta representado em uma grande cabaça que contem em si outras quatro cabaças; uma com a substancia branca representando o poder masculino, outra com a substancia vermelha representando o poder feminino, outra com a substancia preta representando o que foi criado pelas outras duas cabaças e a quarta cabaça representado a matéria de origem da qual foi modelado o corpo fisico/Kavungo/Obaluayê.
E esta cabaça contendo os quatro elementos esta dentro de uma outra grande cabaça e Nzambi/Olodumare esta sentado em cima, motivo pelo qual nós meros seres humanos jamais teríamos acesso ao criador.
Kavungo/Obaluayê é conhecido como o Rei dos Mortos dos antepassados, talvez por Ele restituir a matéria morta ao grande útero/Mãe, como se a morte fosse um conforto um retorno ao seio materno. Todos esses antepassados estão representados na grande quantidade de búzios que Ele carrega, nas nervuras de palmeira mariô que constitui o Imbéle/Xarxará, na sua roupa de palha cujos fios representam cada um que já foi restituído a terra.
Ele proporciona a saúde e a doença.
É conhecido como o médico dos pobres, porque com seu poder de restituição pode devolver a saúde ao enfermo, restituir as células doentes a saúde. Ele curou a si próprio.
Dizem que Zumba/Nanã sua Mãe o abandonou ao nascer, mas não é bem abandono, Ele como qualquer outro filho que sai do útero da Mãe simplesmente se separaram , e se nós observarmos o filho no útero da Mãe ele não esta ligado ao corpo da Mãe e sim a placenta, que junto com o filho se desprende do corpo da Mãe, e como Zumba não é a maternidade a que cuida de filhos e sim Kaiala/Yemanja então tradicionalmente se diz que Ela Kaiala/Yemanja o criou.
Zingalumbondo/Ewá, conhecida como a divindade da beleza, esta representada no firmamento, no crepúsculo, no amanhecer, no céu estrelado, no colorido das nuvens, na brancura da neve, na beleza interior.
É a divindade que da cor a tudo, que nos proporciona um grande diversidade de cores.
É a testemunha do nascimento de cada Inkisi/Orixá, sim pois é pela Maionga/Tó de madrugada que Ela testemunha o nascimento de nossos Orixás.
É a branca névoa que nasce da terra em noites de inverno, e o transporte de água da evaporação.
É senhora da percepção da intuição a que nos dá a força de enxergar além do que vemos.
É o encantamento da beleza, pois a apreciação da beleza esta nos olhos de quem a vê.
TATA OBAZIRI.
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agosto 21, 2018
junho 13, 2018
XAXARÁ SIMBOLOGIA
O candomblé é uma Religião rica em simbologia, as danças, os gestos, movimentos corporais, um conjunto de coisas que servem para traduzir o que é a Divindade e os mistérios que a envolvem, a quais elementos da natureza pertence e uma serie de outros fundamentos.
Aqui quero falar sobre o Imbele/Xaxará uma simbologia que faz parte da Divindade Kavungo/Omolu/Obaluayê.
Para falar desse símbolo, o Imbele/Xaxará, precisamos entender cada peça que compõe o seu corpo.
O Imbele/Xaxará é confeccionado a base de nervuras das folhas do dendezeiro, envolvido em uma espécie de rede feita com palha da costa, búzios e miçangas.
Imbele/Xaxará, é o cetro símbolo desta Divindade, muitos o tem como uma vassourinha de Omolu, que serve para varrer as mazelas das pessoas, afastar doenças e também um instrumento de cura, mas o significado desta " ferramenta " vai muito além.
Como símbolo de representação dos antepassados este cetro carrega em si a mais complexa simbologia. Cada uma das nervuras das folhas do dendezeiro representa a estrutura óssea da folha seca utilizada para confeccioná-lo. Folha seca, e como sabemos as folhas ditas mortas ainda guardam em si suas características de cura como as folhas secas que preparamos chás.
Se observarmos uma folha qualquer, podemos ver que aqueles veios que cada folha possui são como os ossos/estrutura que recheados de vida sustentam o corpo das folhas.
Assim são as nervuras/ossos das folhas da palmeira que unidas uma a outra dão suporte a magia e poder que envolve o cetro Imbele/Xaxará, ou seja a reunião de todos os antepassados simbolizados nessas nervuras das folhas, que sustentam o poder desta Divindade.
Contam-se que quando alguém é tocado por este cetro, pode lhe ser infligida tanto a vida quanto a morte. É uma forma de salvar uma pessoa de uma doença grave ou lhe proporcionar a morte, livrando-o de seu sofrimento.
Todas esta nervuras das folhas formando um feixe são envolvidas em uma espécie de rede fina confeccionada com palha da costa, e as vezes também pedaço de couro de boi ou cabrito que simboliza a pele.
Esta especie de rede de palha é bordada com búzios em quantidades variadas, búzios estes que simbolizam ossos/antepassados. Cada losangolo que compõe a rede de palha simboliza expansão e crescimento do axé dos antepassados.
Miçangas de louça ou de cerâmica nas cores desta Divindade compõem a parte estética do cetro dando simbologia ao sangue preto, vermelho e branco sendo cerâmica ou louça sangue mineral masculino, feminino e descendência individualizada representada na cor preta.
E finalizando a composição do Cetro duas pequenas cabaças também enfeitada com pequenos búzios e miçangas, contendo em seu interior elementos como pós de; ervas, de búzios, obi/makaso e orobô/orolê, pembas, elementos dos reinos animal, vegetal e mineral e uma infinidade de outras coisas que dão poder de transformação de vida para morte e vice versa, de acordo com o axé/nguzu de cada caminho/hamba da divindade que o porta.
O Imbele/Xaxará é simbolo de vida e morte. Como símbolo de vida, pode restaurar nossa saúde e nos manter de pé e ainda traduz que mesmo quando perdemos o nosso corpo ou seja morremos nosso axé ainda vive como antepassado.
E como símbolo de morte/restituição nos dá a certeza que não estaremos só, pois esta Divindade nos mostra que somos parte de um todo e que só temos existência por causa deste todo/nossos antepassados que, sem Eles nem existiríamos.
Aqui quero falar sobre o Imbele/Xaxará uma simbologia que faz parte da Divindade Kavungo/Omolu/Obaluayê.
Para falar desse símbolo, o Imbele/Xaxará, precisamos entender cada peça que compõe o seu corpo.
O Imbele/Xaxará é confeccionado a base de nervuras das folhas do dendezeiro, envolvido em uma espécie de rede feita com palha da costa, búzios e miçangas.
Imbele/Xaxará, é o cetro símbolo desta Divindade, muitos o tem como uma vassourinha de Omolu, que serve para varrer as mazelas das pessoas, afastar doenças e também um instrumento de cura, mas o significado desta " ferramenta " vai muito além.
Como símbolo de representação dos antepassados este cetro carrega em si a mais complexa simbologia. Cada uma das nervuras das folhas do dendezeiro representa a estrutura óssea da folha seca utilizada para confeccioná-lo. Folha seca, e como sabemos as folhas ditas mortas ainda guardam em si suas características de cura como as folhas secas que preparamos chás.
Se observarmos uma folha qualquer, podemos ver que aqueles veios que cada folha possui são como os ossos/estrutura que recheados de vida sustentam o corpo das folhas.
Assim são as nervuras/ossos das folhas da palmeira que unidas uma a outra dão suporte a magia e poder que envolve o cetro Imbele/Xaxará, ou seja a reunião de todos os antepassados simbolizados nessas nervuras das folhas, que sustentam o poder desta Divindade.
Contam-se que quando alguém é tocado por este cetro, pode lhe ser infligida tanto a vida quanto a morte. É uma forma de salvar uma pessoa de uma doença grave ou lhe proporcionar a morte, livrando-o de seu sofrimento.
Todas esta nervuras das folhas formando um feixe são envolvidas em uma espécie de rede fina confeccionada com palha da costa, e as vezes também pedaço de couro de boi ou cabrito que simboliza a pele.
Esta especie de rede de palha é bordada com búzios em quantidades variadas, búzios estes que simbolizam ossos/antepassados. Cada losangolo que compõe a rede de palha simboliza expansão e crescimento do axé dos antepassados.
Miçangas de louça ou de cerâmica nas cores desta Divindade compõem a parte estética do cetro dando simbologia ao sangue preto, vermelho e branco sendo cerâmica ou louça sangue mineral masculino, feminino e descendência individualizada representada na cor preta.
E finalizando a composição do Cetro duas pequenas cabaças também enfeitada com pequenos búzios e miçangas, contendo em seu interior elementos como pós de; ervas, de búzios, obi/makaso e orobô/orolê, pembas, elementos dos reinos animal, vegetal e mineral e uma infinidade de outras coisas que dão poder de transformação de vida para morte e vice versa, de acordo com o axé/nguzu de cada caminho/hamba da divindade que o porta.
O Imbele/Xaxará é simbolo de vida e morte. Como símbolo de vida, pode restaurar nossa saúde e nos manter de pé e ainda traduz que mesmo quando perdemos o nosso corpo ou seja morremos nosso axé ainda vive como antepassado.
E como símbolo de morte/restituição nos dá a certeza que não estaremos só, pois esta Divindade nos mostra que somos parte de um todo e que só temos existência por causa deste todo/nossos antepassados que, sem Eles nem existiríamos.
maio 22, 2018
A COZINHA E SEU USO SAGRADO
Como toda Casa de Santo é sagrada em todos os seus espaços, gostaria de falar em relevância sobre a cozinha.
Quem nunca ouviu estas frases?
" fulano é do fundo da cozinha".
" a comida é sagrada ".
" a conversa ainda não chegou na cozinha".
" diz-me o que come, que direis quem tu és" .
"morra Marta, mas morra farta".
" a hora de comer é sagrada".
São inúmeros os ditos populares que os saberes dos antigos nos ensinam, e se olharmos com atenção podemos constatar muita sabedoria em todos eles.
A cozinha digo todas elas, em relevância a cozinha de Santo, como todos sabem é um local sagrado, pois ali é preparado todos os alimentos rituais que fortalece a casa seus filhos e os orixás que ali habitam.
Quando se diz, "fulano é do fundo da cozinha", afirmamos que "fulano" é de confiança, a cozinha é onde se realiza todos os fundamentos de uma casa seja de Santo ou não. É ali que é processado todos os ingredientes que dão sabores a vida e a tudo que é ali preparado seja cru ou cozido.
No mobiliário da cozinha existem vários objetos mas, o fogão de todos é o mais relevante, ora onde já se viu cozinha sem fogão?
O fogão assim como o forno estão relacionados com os orixás do elemento fogo em especial as Yas, Exu e a Xangô.
Dizem que a cozinha é um ambiente feminino, é onde se processa a magia o encantamento, através do poder das "bruxas" e seus "caldeirões". De fato que caldeirões e panelas tem todo um significado com o útero. Mas não estamos mais na idade média, e as bruxas não são mais queimadas em fogueira, que segundo contam o fogo purifica transforma e por isso Elas eram queimadas, na concepção do cristianismo o fogo limparia a alma das bruxas de sua maldade e tornariam suas almas puras para serem recebidas no além pelo Senhor.
A comida é sagrada, sim cada alimento que é processado na cozinha direto ou indiretamente vem do grande útero que é a terra, Grande Mãe que alimenta seus filhos, que são seus frutos assim como qualquer alimento, e que como Grande Mãe piedosa recebe seus frutos de volta ao seu ventre.
Na cozinha de Santo local sagrado onde é feita a comida para os Mikises, Orixás, Voduns, antepassados e ancestrais realiza-se ali processos de cozimento e de misturas químicas. Cada alimento ali preparado, de acordo com sua preparação recebe elementos que combinados transfere e isala axé para um determinado local pessoa ou divindade, que alimentado é fortalecido por meio da oferenda de comida bem preparada.
"Me diga o que comes, que direi quem tu és". Da mesma forma que uma pessoa possa estar fraco desnutrido a entidade ou divindade também pode estar com o seu axé parado por falta de determinados alimentos que mobiliza seu axé.
Quando precisamos de cura alimentamos Kavungo/Omolu, para que através do alimento repleto de axé, esta Divindade possa nos repor a saúde. Da mesma forma, quando precisamos de ir a luta as conquistas do dia a dia alimentamos Nkosi/Ogum, para que através do alimento possamos nos tornar fortes para a luta diária. Quando nossa energia pessoal esta baixa damos comida a cabeça. Da mesma forma a Casa de Santo com seus fundamentos, que precisam ser alimentados para que possa crescer e expandir seu axé.
"Morra Marta, mas morra farta ". Mesmo quando morremos ainda são feitos alimentos para preparar todo o ritual que envolve o momento do Ntambi/Axexe.
A saúde o sucesso ou insucesso dos moradores de uma casa estão estritamente relacionado com a cozinha e o alimento que ali é preparado, esta é a grande responsabilidade das pessoas que preparam o alimento que fortalece nosso corpo e nosso Ngunzu/Axé.
Quem nunca ouviu estas frases?
" fulano é do fundo da cozinha".
" a comida é sagrada ".
" a conversa ainda não chegou na cozinha".
" diz-me o que come, que direis quem tu és" .
"morra Marta, mas morra farta".
" a hora de comer é sagrada".
São inúmeros os ditos populares que os saberes dos antigos nos ensinam, e se olharmos com atenção podemos constatar muita sabedoria em todos eles.
A cozinha digo todas elas, em relevância a cozinha de Santo, como todos sabem é um local sagrado, pois ali é preparado todos os alimentos rituais que fortalece a casa seus filhos e os orixás que ali habitam.
Quando se diz, "fulano é do fundo da cozinha", afirmamos que "fulano" é de confiança, a cozinha é onde se realiza todos os fundamentos de uma casa seja de Santo ou não. É ali que é processado todos os ingredientes que dão sabores a vida e a tudo que é ali preparado seja cru ou cozido.
No mobiliário da cozinha existem vários objetos mas, o fogão de todos é o mais relevante, ora onde já se viu cozinha sem fogão?
O fogão assim como o forno estão relacionados com os orixás do elemento fogo em especial as Yas, Exu e a Xangô.
Dizem que a cozinha é um ambiente feminino, é onde se processa a magia o encantamento, através do poder das "bruxas" e seus "caldeirões". De fato que caldeirões e panelas tem todo um significado com o útero. Mas não estamos mais na idade média, e as bruxas não são mais queimadas em fogueira, que segundo contam o fogo purifica transforma e por isso Elas eram queimadas, na concepção do cristianismo o fogo limparia a alma das bruxas de sua maldade e tornariam suas almas puras para serem recebidas no além pelo Senhor.
A comida é sagrada, sim cada alimento que é processado na cozinha direto ou indiretamente vem do grande útero que é a terra, Grande Mãe que alimenta seus filhos, que são seus frutos assim como qualquer alimento, e que como Grande Mãe piedosa recebe seus frutos de volta ao seu ventre.
Na cozinha de Santo local sagrado onde é feita a comida para os Mikises, Orixás, Voduns, antepassados e ancestrais realiza-se ali processos de cozimento e de misturas químicas. Cada alimento ali preparado, de acordo com sua preparação recebe elementos que combinados transfere e isala axé para um determinado local pessoa ou divindade, que alimentado é fortalecido por meio da oferenda de comida bem preparada.
"Me diga o que comes, que direi quem tu és". Da mesma forma que uma pessoa possa estar fraco desnutrido a entidade ou divindade também pode estar com o seu axé parado por falta de determinados alimentos que mobiliza seu axé.
Quando precisamos de cura alimentamos Kavungo/Omolu, para que através do alimento repleto de axé, esta Divindade possa nos repor a saúde. Da mesma forma, quando precisamos de ir a luta as conquistas do dia a dia alimentamos Nkosi/Ogum, para que através do alimento possamos nos tornar fortes para a luta diária. Quando nossa energia pessoal esta baixa damos comida a cabeça. Da mesma forma a Casa de Santo com seus fundamentos, que precisam ser alimentados para que possa crescer e expandir seu axé.
"Morra Marta, mas morra farta ". Mesmo quando morremos ainda são feitos alimentos para preparar todo o ritual que envolve o momento do Ntambi/Axexe.
A saúde o sucesso ou insucesso dos moradores de uma casa estão estritamente relacionado com a cozinha e o alimento que ali é preparado, esta é a grande responsabilidade das pessoas que preparam o alimento que fortalece nosso corpo e nosso Ngunzu/Axé.
fevereiro 28, 2018
CASA DE SANTO, NÃO É CASA DE CARIDADE.
Casa de santo não é casa de CARIDADE, este é sem dúvida, um assunto polêmico, visto que, a grande maioria dos dirigentes das casas de Candomblé tem como tradição e conceitos de que, as nossas Casas tem que prestar caridade junto a comunidade em que estão instaladas, será isso uma obrigação.
Bom eu não vejo isso como uma obrigação, penso sim que nesse assunto as casas de Santo estão misturadas e muito, com os conceitos da Umbanda e o Espiritismo.
Casa de Candomblé, não é Casa de Umbanda e muito menos Centro Kardecista, meus RESPEITOS AOS UMBANDISTAS E KARDECISTAS.
O povo Brasileiro e o povo do Santo confundem muito isso. Casa de Santo é uma casa onde se cultua a ancestralidade que esta dentro de cada ser animado ou não, é uma Religião onde se cultua pessoas, ancestralidade e a natureza contida dentro de cada ser.
Cada elemento da natureza está contido em menor ou maior força dentro dos seres viventes animados ou não. Os rituais que são processados em fundamentos individuais ou coletivos, são para conhecer identificar expor e equilibrar esta energia chamada Inkisi/Orixá, contida dentro de nós e nos seres inanimados, para que as pessoas possam ter uma vida melhor e viver uma vida plena em equilíbrio com ele mesmo junto a família e a comunidade em que vive, isto não pode ser visto como caridade, mas como um chamado dos Ancestrais contidos em nós e é uma escolha querer ou não participar desta Religião.
Como dizia meu Avô de Santo quando tava meio decepcionado com o povo.
....casa de Santo é uma casa de reciclagem, as pessoas chegam, mortas doentes doidas desequilibradas, e nós as acolhemos, reciclamos e as devolvemos para a sociedade....
Bem vejo o Candomblé como uma Religião que, recebe as pessoas que atendem o "chamado do Santo", e vem para cultuar a energia que esta em desequilíbrio dentro de si tornando-a assim uma energia equilibrada que, traz para a pessoa bem estar geral, e não estou falando de iniciação.
Imagine equilibrar uma energia como a do raio dentro de uma pessoa....
Para mim esta questão de que casa de Santo tem que fazer Caridade, é mais uma influencia da opressão da antiga Igreja Católica, ou baixa estima mesmo, por ser uma Religião de Negros como é conhecida no Brasil, para amenizar o preconceito.
Bom eu não vejo isso como uma obrigação, penso sim que nesse assunto as casas de Santo estão misturadas e muito, com os conceitos da Umbanda e o Espiritismo.
Casa de Candomblé, não é Casa de Umbanda e muito menos Centro Kardecista, meus RESPEITOS AOS UMBANDISTAS E KARDECISTAS.
O povo Brasileiro e o povo do Santo confundem muito isso. Casa de Santo é uma casa onde se cultua a ancestralidade que esta dentro de cada ser animado ou não, é uma Religião onde se cultua pessoas, ancestralidade e a natureza contida dentro de cada ser.
Cada elemento da natureza está contido em menor ou maior força dentro dos seres viventes animados ou não. Os rituais que são processados em fundamentos individuais ou coletivos, são para conhecer identificar expor e equilibrar esta energia chamada Inkisi/Orixá, contida dentro de nós e nos seres inanimados, para que as pessoas possam ter uma vida melhor e viver uma vida plena em equilíbrio com ele mesmo junto a família e a comunidade em que vive, isto não pode ser visto como caridade, mas como um chamado dos Ancestrais contidos em nós e é uma escolha querer ou não participar desta Religião.
Como dizia meu Avô de Santo quando tava meio decepcionado com o povo.
....casa de Santo é uma casa de reciclagem, as pessoas chegam, mortas doentes doidas desequilibradas, e nós as acolhemos, reciclamos e as devolvemos para a sociedade....
Bem vejo o Candomblé como uma Religião que, recebe as pessoas que atendem o "chamado do Santo", e vem para cultuar a energia que esta em desequilíbrio dentro de si tornando-a assim uma energia equilibrada que, traz para a pessoa bem estar geral, e não estou falando de iniciação.
Imagine equilibrar uma energia como a do raio dentro de uma pessoa....
Para mim esta questão de que casa de Santo tem que fazer Caridade, é mais uma influencia da opressão da antiga Igreja Católica, ou baixa estima mesmo, por ser uma Religião de Negros como é conhecida no Brasil, para amenizar o preconceito.
O COMPLEXO MUNDO DAS ERVAS SAGRADAS.
Bom, eu não quero através desta postagem indicar uma erva para cada Santo ou indicar o seu uso, pois já existem uma infinidades de postagens sobre esse assunto, mas quero salientar alguns detalhes.
Para se falar com propriedade, sobre ervas, a pessoa tem conhecer a natureza de cada erva e isso leva algum tempo de estudo, tem que ser iniciada e preparada para esse fim, não é necessário que seja iniciado para Katendê/Ossanhe, pois podemos observar que nem todos os filhos de Kantendê/Ossanhe podem colher ou manipular erva, isso é um equivoco que as pessoas tem, que todo filho deste Inkisi/Orixá tem que conhecer e colher ervas. Se nós observarmos bem, veremos que os filhos de Oxossi são os mais conhecidos como Mão Ofá, Gaipê ou Tata Insava, é raridade ter um filho de Katendê/Ossanhe que colhe ervas, e mais uma infinidade de detalhes. É como se diz, ..."o filho de Santo não pode tocar naquilo que compõe o seu axé, é kisila".
É como, a folha de aroeira preta, que na grande população de filhos de Inkossi/Ogum e Kunku'etu/Ogunté é kisila, só de se passar na sombra da árvore, que dirá manipular a folha.
Não estou aqui contradizendo os mais velhos os grandes mestres e seus saberes em relação as folhas e suas finalidades para o sagrado, longe disto, pois sei que todos aprenderam pela oralidade, vivencia e observação mas, hoje vivemos num mundo com muito mais recursos e oportunidades, e para mim esse mundo das folhas, merece mais estudo. Sei também, que as ervas sagradas nem sempre são de uso medicinal.
O Candomblé mudou muito e em muitos aspectos, e a busca pelos ditos "conhecimentos perdidos" esta muito intensa para os que querem melhorar crescer evoluir sem mistificar a Religião, buscando agregar conhecimentos mas sem modificar ou menosprezar o que já existe, apenas melhorando.
Eu penso que o mundo das folhas sagradas merece mais atenção e cuidado visto que, tudo que se faz no Candomblé é imprescindível o uso constante das folhas. E outra coisa, os grandes Kimbandas do Passado conhecido por benzedores e benzedeiras, na sua grande maioria, levou com eles o conhecimento do sagrado e medicinal das folhas, pouco ficou, e ainda tem aqueles que arriscam indicar folhas medicinais como folhas sagradas sem ter conhecimento necessário para isso.
Tem os que dizem que , .....isto até agora me serviu, não vou mudar.....Mas não é uma questão de mudar mas, de agregar conhecimento, para também expandir mais a sabedoria.
Sou consciente de que, quem nos ensina folha é Katendê/Ossanhe, mas existem coisas que devem ser escrita divulgada estudada se necessário for, para que não se perca no tempo.
Se nós tirarmos um pedacinho por menor que seja de um grande muro com o passar dos anos não existira muro, assim eu vejo nossa Religião, que estamos deixando muito e bons valores e fundamentos se perderem e ressaltando valores que qualquer ventinho leva.
Para se falar com propriedade, sobre ervas, a pessoa tem conhecer a natureza de cada erva e isso leva algum tempo de estudo, tem que ser iniciada e preparada para esse fim, não é necessário que seja iniciado para Katendê/Ossanhe, pois podemos observar que nem todos os filhos de Kantendê/Ossanhe podem colher ou manipular erva, isso é um equivoco que as pessoas tem, que todo filho deste Inkisi/Orixá tem que conhecer e colher ervas. Se nós observarmos bem, veremos que os filhos de Oxossi são os mais conhecidos como Mão Ofá, Gaipê ou Tata Insava, é raridade ter um filho de Katendê/Ossanhe que colhe ervas, e mais uma infinidade de detalhes. É como se diz, ..."o filho de Santo não pode tocar naquilo que compõe o seu axé, é kisila".
É como, a folha de aroeira preta, que na grande população de filhos de Inkossi/Ogum e Kunku'etu/Ogunté é kisila, só de se passar na sombra da árvore, que dirá manipular a folha.
Não estou aqui contradizendo os mais velhos os grandes mestres e seus saberes em relação as folhas e suas finalidades para o sagrado, longe disto, pois sei que todos aprenderam pela oralidade, vivencia e observação mas, hoje vivemos num mundo com muito mais recursos e oportunidades, e para mim esse mundo das folhas, merece mais estudo. Sei também, que as ervas sagradas nem sempre são de uso medicinal.
O Candomblé mudou muito e em muitos aspectos, e a busca pelos ditos "conhecimentos perdidos" esta muito intensa para os que querem melhorar crescer evoluir sem mistificar a Religião, buscando agregar conhecimentos mas sem modificar ou menosprezar o que já existe, apenas melhorando.
Eu penso que o mundo das folhas sagradas merece mais atenção e cuidado visto que, tudo que se faz no Candomblé é imprescindível o uso constante das folhas. E outra coisa, os grandes Kimbandas do Passado conhecido por benzedores e benzedeiras, na sua grande maioria, levou com eles o conhecimento do sagrado e medicinal das folhas, pouco ficou, e ainda tem aqueles que arriscam indicar folhas medicinais como folhas sagradas sem ter conhecimento necessário para isso.
Tem os que dizem que , .....isto até agora me serviu, não vou mudar.....Mas não é uma questão de mudar mas, de agregar conhecimento, para também expandir mais a sabedoria.
Sou consciente de que, quem nos ensina folha é Katendê/Ossanhe, mas existem coisas que devem ser escrita divulgada estudada se necessário for, para que não se perca no tempo.
Se nós tirarmos um pedacinho por menor que seja de um grande muro com o passar dos anos não existira muro, assim eu vejo nossa Religião, que estamos deixando muito e bons valores e fundamentos se perderem e ressaltando valores que qualquer ventinho leva.
O ESTÉTICO SAGRADO DO CANDOMMBLÉ
Quando tratamos do assunto ESTÉTICA, nos voltamos para o visual de tudo que esta em nossa volta. A ESTÉTICA é um dos meios de comunicação, talvez o mais expressivo.
E, em uma casa de Santo se tratando de ESTÉTICA, é bem mais além do que vemos, pois se trata de um ambiente sagrado onde cada detalhe traduz os eventos que ali iram acontecer.
Ao entrarmos em uma Casa de Santo, a primeira reação é observarmos tudo que está em nossa volta, desde a entrada da Casa até os mais escondidos cantos, que não passam despercebidos a olhos atentos.
A pessoa que prepara o espaço sagrado de uma casa de Santo, não precisa ser nenhum profissional da decoração, mas sim, precisa ter no mínimo o conhecimento básico do evento que irá acontecer, conhecer um pouco da Divindade para qual a Festa será realizada, combinando, tipos de tecidos, cores, ervas, flores, como as pessoas deveram estar vestidas de acordo com seu grau de iniciação. Tudo isso e mais, para criar um ambiente agradável e promover um equilíbrio de energias que iram harmonizar o ambiente, para que as pessoas que ali estiverem sintam no ambiente a energia da Divindade que ali será apresentada, e quando essa Divindade sair da sala deixe para cada um dos participantes uma boa energia, que as iram acompanha-las por alguns dias depois.
A ESTÉTICA para uma casa de Santo, é de muita importância, pois apesar de não parecer, nos comunica com o sagrado, e mesmo em momentos que não hajam festa a Casa deve estar em harmonia pois é ali que o Sagrado se manifesta a todo momento e está presente.
São cuidados que devem ser observados com muito detalhe, ao organizarmos uma festa de Santo, para que não crie um ambiente sem harmonia, onde as energias se chocam provocando distúrbios que não precisam acontecer, e pior causando desarmonia entre as pessoas que ali estão.
Eu mesmo ja ouvi algumas frases.
.....não se coloca essa cor para essa festa....
.....essa erva não pode, irá "queimar", nem todos podem com essa erva...
......esse atakam se amarra assim.....
E mais uma infinidade de detalhes, que são observados para compor a ESTÉTICA em uma casa de Santo.
Por mais simples ou suntuosa que seja, a casa de Santo deve sempre ser bem cuidada, bem limpa e harmonizada, pois cuidamos do Sagrado, e acima de tudo deve transmitir àqueles que a frequentam o bem estar geral e a satisfação de participar de qualquer evento que haja.
E, em uma casa de Santo se tratando de ESTÉTICA, é bem mais além do que vemos, pois se trata de um ambiente sagrado onde cada detalhe traduz os eventos que ali iram acontecer.
Ao entrarmos em uma Casa de Santo, a primeira reação é observarmos tudo que está em nossa volta, desde a entrada da Casa até os mais escondidos cantos, que não passam despercebidos a olhos atentos.
A pessoa que prepara o espaço sagrado de uma casa de Santo, não precisa ser nenhum profissional da decoração, mas sim, precisa ter no mínimo o conhecimento básico do evento que irá acontecer, conhecer um pouco da Divindade para qual a Festa será realizada, combinando, tipos de tecidos, cores, ervas, flores, como as pessoas deveram estar vestidas de acordo com seu grau de iniciação. Tudo isso e mais, para criar um ambiente agradável e promover um equilíbrio de energias que iram harmonizar o ambiente, para que as pessoas que ali estiverem sintam no ambiente a energia da Divindade que ali será apresentada, e quando essa Divindade sair da sala deixe para cada um dos participantes uma boa energia, que as iram acompanha-las por alguns dias depois.
A ESTÉTICA para uma casa de Santo, é de muita importância, pois apesar de não parecer, nos comunica com o sagrado, e mesmo em momentos que não hajam festa a Casa deve estar em harmonia pois é ali que o Sagrado se manifesta a todo momento e está presente.
São cuidados que devem ser observados com muito detalhe, ao organizarmos uma festa de Santo, para que não crie um ambiente sem harmonia, onde as energias se chocam provocando distúrbios que não precisam acontecer, e pior causando desarmonia entre as pessoas que ali estão.
Eu mesmo ja ouvi algumas frases.
.....não se coloca essa cor para essa festa....
.....essa erva não pode, irá "queimar", nem todos podem com essa erva...
......esse atakam se amarra assim.....
E mais uma infinidade de detalhes, que são observados para compor a ESTÉTICA em uma casa de Santo.
Por mais simples ou suntuosa que seja, a casa de Santo deve sempre ser bem cuidada, bem limpa e harmonizada, pois cuidamos do Sagrado, e acima de tudo deve transmitir àqueles que a frequentam o bem estar geral e a satisfação de participar de qualquer evento que haja.
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